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Métodos contracetivos: tipos e novidades recentes



Na apresentação do Programa AAP, foram recordados os diferentes métodos contraceptivos disponíveis e a sua evolução ao longo do tempo. Dos diferentes métodos, foram destacados os métodos intra-uterinos e, para os diferentes contraceptivos, as suas contra-indicações consoante à patologia médica da mulher. Foram apresentados resultados de um estudo relativo às preferências contracetivas das mulheres, e falou-se acerca das duas pílulas mais recentes no mercado - drospirenona 4 mg e a de estetrol.

Os métodos contracetivos foram divididos em métodos hormonais ou de uso pericoital. Os hormonais consistem em contracetivos orais, adesivo transdérmico, anel vaginal, implante de progesterona, injeção de progesterona e os DIUs com levonorgestrel. O implante de progesterona é o método mais eficaz, mas como está associado ao aparecimento de hemorragias imprevisíveis, atualmente dá-se uso preferencial aos DIUs hormonais, que fazem um bom controle de ciclo menstrual e oferecem uma contraceção igualmente eficaz. Nos métodos de contraceção pericoital, temos: o preservativo, o diafragma e o espermicida, menos utilizados hoje em dia. Outros tipos de contraceção são: os DIUs de cobre, métodos baseados na perceção da fertilidade (abstinência periódica), o coito interrompido e a contraceção definitiva feminina e masculina.

De acordo com um estudo português de 20161, o método preferencial é a pílula. No entanto, os métodos que oferecem mais confiança são: o DIU e o implante subcutâneo.

Uma nova classe de contraceção oral surgiu recentemente, a drospirenona 4 mg. Trata-se de um progestativo de efeito antiandrogénico (também antimineralocorticóide), de toma contínua. Relativamente às outras pílulas progestativas, tem uma maior margem de segurança no caso de esquecimento de toma porque permite até 24 horas de falha e tem menor incidência de perdas hemáticas não previsíveis. É o método de escolha em mulheres com intolerância ao estrogênio (náuseas, cefaleias) e é adequada nos extremos da idade reprodutiva porque não altera a densidade mineral óssea.

Os métodos progestativos são os mais indicados quando há contra-indicações para a toma de estrogénios: mulheres com múltiplos factores de risco cardiovasculares, enxaqueca com aura, tromboembolismo venoso, trombofilias ou complicações vasculares da diabetes.

Dentro de este tipo de classe de contraceção progestativa há os métodos contracetivos reversíveis de longa duração (LARCs): o acetato de medroxiprogesterona (injetável), etonogestrel (implante) e o DIU levonogestrel 52 mg.

Há uma pílula recente no mercado que contém uma nova molécula chamada estetrol, o primeiro estrogênio nativo com ação tecidular seletiva. É o mesmo estrogénio produzido por fetos do sexo feminino e tem um menor impacto nos parâmetros hemostáticos, lipídicos e glicémicos. É uma “pílula verde”, tem impacto ambiental neutro (não poluente das águas).


Bibliografia e referências: