O tratamento minimamente invasivo de varizes
A prevalência da doença venosa crônica (DVC) na Europa varia em diferentes países e regiões, sendo influenciada por diversos fatores, incluindo idade, sexo, predisposição genética e estilo de vida.
De acordo com o estudo Vein Consult Program, a prevalência global de DVC foi relatada como aproximadamente 30 % em adultos, sendo mais comum em mulheres do que em homens. Além disso, a prevalência aumentou com a idade.
Existe atualmente uma maior preocupação da população em relação ao seu bem estar e á vertente estética. Para além disso estamos num mundo cada vez mais competitivo onde parar pode implicar a perda de oportunidades. Como tal as técnicas cirúrgicas pouco invasivas permitem obter um bom resultado estético com menor tempo de recuperação em comparação com a cirurgia convencional. Existem várias opções de cirurgias minimamente invasivas para o tratamento de varizes, que são procedimentos realizados geralmente em regime de ambulatório entre os quais destaco:
- Escleroterapia com espuma: neste procedimento, uma solução esclerosante é misturada com ar para criar uma espuma. Essa espuma é injetada nas veias afetadas, causando irritação e consequente encerramento da veia. É especialmente eficaz para veias de menor calibre e varizes superficiais
- Está técnica também pode ser realizada com recurso a um ecógrafo para o tratamento de veias mais profunadas
- Ablação por radiofrequência: um cateter é inserido na veia através de uma pequena incisão. O cateter emite energia de radiofrequência, aquecendo a parede da veia e fechando-a. Este método é frequentemente usado para tratar veias safenas
- Ablação por laser: similar à ablação por radiofrequência, mas utiliza energia laser para fechar a veia. O laser é transmitido através de uma fibra óptica dentro do cateter
- Cola (VenaSeal): uma cola biológica (cianoacrilato) é usado para encerrar a veia evitando a necessidade de a retirar. É uma técnica relativamente nova que têm demonstrado bons resultados
- Clarivein: este método combina a técnica de escleroterapia com um cateter rotativo que liberta uma solução esclerosante enquanto gira dentro da veia, promovendo o encerramento da mesma
Assim a escolha da técnica dependerá da extensão e localização das varizes, bem como da avaliação médica individual. É importante discutir as opções com um cirurgião vascular para determinar o melhor plano de tratamento para cada caso específico.
É importante ressaltar que a consciencialização, o diagnóstico precoce e as opções de tratamento avançadas podem influenciar a identificação e a gestão da doença permitindo a obtenção de melhores resultados.