Publicidade banner-canal-diabetes-en-la-red-pt

O Farmacêutico pode aconselhar venoactivos para evitar a progressão da Doença Venosa Crónica?


Dr. Pedro Norton | Medicina do Trabalho

Centro Hospitalar São João, Porto


De acordo com Medeiros e Mansilha, que fizeram uma revisão da estratégia terapêutica na doença venosa crónica num artigo publicado em Setembro de 2012, na revista de Angiologia e Cirurgia Vascular (vol.8 no.3), “ ...O tratamento farmacológico está indicado para todas as classes de doença venosa crónica constituindo-se normalmente como um adjuvante ao tratamento compressivo, embora possa constituir uma alternativa ao mesmo, como em situações de doença arterial, infeções da pele, intolerância, fraca compliance ou mesmo em climas muito quentes onde usar meias elásticas se torna insuportável.”

No atual enquadramento legal muitos dos fármacos venoactivos são medicamentos não sujeitos a prescrição médica, razão pela qual os farmacêuticos e a sua equipa técnica podem adotar uma postura de aconselhamento ativo junto dos seus utentes, importando que naturalmente conheçam os diferentes produtos existentes no mercado. Ainda de acordo com os mesmos autores os fármacos venoactivos podem ser divididos em agentes naturais e de origem sintética. Os primeiros incluem alfa-benzodiazepinas como a cumarina, flavonoides como a diosmina, fração flavonóica purificada micronizada (FFPM), constituída por 90% de diosmina e 10% de hesperidina, e rutina e rutosido; saponinas como a escina e extrato de ruscus; e outros extratos de plantas como antocianósicos, proantocianidinas e extrato de Ginkgo, heptaminol e troxerrutina. Os agentes sintéticos são o dobesilato de cálcio, naftazona e benzarona.

Importa pois que no decurso do aconselhamento terapêutico a equipa da farmácia tenha em consideração as diferentes características. O quadro seguinte pretende sumarizar esses mesmos aspetos:

Tabela com uma descrição de Modos de Açção dos venoactivos
Figura 1: Modo de acção dos venoactivos