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Anticoagulantes orais específicos e suas respectivas doses para prevenção de AVC em pacientes com fibrilhação auricular



A fibrilhação auricular é uma entidade com impacto prognóstico importante em todos os doentes em que é diagnosticada, diminuindo a sobrevida e aumentando o risco de eventos embólicos.

A estratégia terapêutica que até à data atual demonstrou melhores resultados na melhoria de prognóstico nos doentes com fibrilhação auricular é a anticoagulação oral. Dividem-se em dois os grupos farmacológicos dos anticoagulantes orais, os antagonistas da vitamina K e os anticoagulantes orais diretos. Este último grupo constituído atualmente por 4 fármacos, todos disponíveis no mercado em Portugal e aprovados para a prevenção de eventos isquémicos em doentes com fibrilhação auricular.

O score CHA2DS2-VASc é atualmente o score mais utilizado para decidir a indicação para anticoagulação nos doentes com fibrilhação auricular, permitindo estimar o risco de eventos isquémicos nestes doentes. Habitualmente doentes com score CHA2DS2-VASc de 1 ou mais (homens) ou 2 ou mais (mulheres), têm indicação para iniciar anticoagulação.

Os estudos destes fármacos que permitiram obter a aprovação para prevenção de eventos embólicos em doentes com fibrilhação auricular não valvular, RE-LY (dabigatrano), ROCKET-AF (rivaroxabano), ARISTOTLE (apixabano) e ENGAGE AF (edoxabano), compararam cada um dos fármacos com antagonistas da vitamina K, tendo demonstrado ou superioridade ou não inferioridade na prevenção de eventos isquémicos e resultados semelhantes quanto ao risco de hemorragia.

A escolha do fármaco anticoagulante mais adequado a cada doente deve ser adequada às suas características individuais e pesando o risco isquémico versus hemorrágico. O artigo recomendado: "Choosing a particular oral anticoagulant and dose for stroke prevention in individual patients with non-valvular atrial fibrillation" procura combinar os dados encontrados nos diferentes estudos existentes sobre fármacos anticoagulantes orais e indicar em quais situações cada um dos fármacos deverá ser utilizado.

Desde os doentes com doença coronária ou insuficiência renal crónica, a doentes com hipertensão ou antecedentes de hemorragia, são agrupados neste documento várias situações para a qual os dados disponíveis sobre cada fármaco poderão fazer de um mais indicado que outro. Assim, este artigo pode ser um auxiliar importante na escolha da anticoagulação oral em doentes com fibrilhação auricular não valvular, de acordo com as características de cada indivíduo.


Bibliografia e referências: