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Prevenção da diabetes mellitus: o papel do farmacêutico


Dr. Luís Andrade | Medicina Interna

Centro Hospitalar Gaia-Espinho, Vila Nova de Gaia


A diabetes mellitus (DM) é das patologias mais prevalentes na população portuguesa, estimando-se uma prevalência na idade adulta de aproximadamente 13,6% (cerca de 1 milhão de diabéticos em Portugal).

A compexidade aumenta quando aproximadamente 2 milhões de portugueses apresentam pre-diabetes. O envelhecimento da população e o aumento da população com sobre peso tem sido dos fatores que contribui para estes resultados.

Esta patologia é a principal etiologia de cegueira, doença renal terminal com necessidade de hemodiálise e amputações não traumáticas nos países desenvolvidos. Por exemplo:

  • 50–80% de pessoas com diabetes morrem de doença cardiovascular
  • 44% de novos casos de insuficiência renal ocorrem em pessoas com diabetes
  • 60% de amputações não traumáticas do membro inferior ocorrem em doentes com diabetes com mais de 20 anos de evolução
  • 16% de pessoas com diabetes com idade superior a 65 anos morrem de AVC
  • 29% de pessoas com diabetes com mais de 40 anos têm retinopatia diabética

A diabetes mellitus associa-se a um aumento significativo do risco cardiovascular com um aumento de 2 a 4 vezes do risco de morte ou evento cardiovascular, estimando-se uma diminuição de aproximadamente uma década de vida relativamente aos não diabéticos.

Na prevenção e na orientação adequada dos doentes com diabetes mellitus os farmacêuticos têm um papel fundamental. Os farmacêticos podem:

  • Oferecer informação sobre diabetes
  • Detectar de um mau controlo
  • Detectar de hipoglicemias
  • Revisar da adesão à terapêutica
  • Revisar o correto uso dos dispositivos
  • Fazer o encaminhamento do utente

É necessário reduzir as complicações da diabetes e um controlo metabólico e dos fatores de risco cardiovascular permite redução significativa dos eventos micro e macrovasculares.

O tratamento atempado e multifactorial, com o doente no centro de uma equipa multidisciplinar, permite uma redução marcada das complicações, um aumento da qualidade de vida e poupança nos gastos em saúde.


Bibliografia e referências: