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Vias de tratamento para doença hemorroidária



A doença hemorroidária pode ser tratada através da implementação de terapêutica farmacológica com venoactivos acompanhada de medidas não farmacológicas como a maior ingestão de fibras na alimentação.

Contrariamente ao que, no senso leigo comum se pensa, as hemorróidas são estruturas anatómicas normais, mas que podem trazer problemas como desconforto, irritação e sangramento anal quando alteradas.

A doença hemorroidária está muito associada com a obstipação intestinal, entre outros fatores. Pode ser tratada com medidas conservadoras ou, quando mais graves, com técnicas cirúrgicas. Assim, sugerem-se a implementação das seguintes vias de tratamento:

Medidas dietéticas: recomenda-se a ingestão de dieta rica em fibras (dose diária de 20 a 25 g/dia), que inclua verduras cruas e cozidas, legumes, frutas, como laranja, manga e farelo ou germe de trigo. Além do regime alimentar, é de extrema importância a ingestão de líquidos (1,5 a 2,0 litros/dia) e evacuar sempre que sentir o desejo de o fazer. A supressão do álcool, pimentas e condimentos, dada a sua ação irritante sobre as mucosas, e de alimentos obstipantes (farináceos, banana, maçãs, pêra etc.) constitui medida necessária para evitar novas crises.

Cuidados locais: evitar o uso de papel higiénico, substituindo-o pela higiene através de banho de assento com água morna. Caso ocorra insucesso com as medidas alimentares adotadas para regularização do hábito intestinal, pode-se usar substâncias que aumentam o bolo fecal, como o psilium, fruto de sene, metilcelulose, semente de plantago ou outros preparados à base de sementes.

Medidas medicamentosas

Uso de fármacos, como a fração flavonóica purificada micronizada, que aliviam os sintomas locais, principalmente nas crises. Note-se que neste caso a dose inicial deve ser de 6 g, e não os 2 g como preconizado habitualmente para as situações de doença venosa crónica.

Uso de pomadas e supositórios anestésicos, para alívio temporário do desconforto local, que não devem contudo ser utilizados por períodos prolongados, pois podem causar irritação.

Nas hemorróidas que não respondem satisfatoriamente ao tratamento medicamentoso e às medidas higieno-dietéticas, outros métodos conservadores, embora invasivos, têm sido utilizados, como a escleroterapia, crioterapia, fotocoagulação e diatermia bipolar.