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Como orientar uma utente na contraceção intrauterina?



A contraceção intrauterina (CIU) revela-se como um método contracetivo com eficácia, efetividade e elevada satisfação das mulheres. Na Europa, a perspetiva na prática deste método contracetivo é variada, com a noção da necessidade de fornecer aos profissionais, informação e treino para a divulgação da CIU.

Existe uma evolução na contraceção intrauterina, desde dispositivos intrauterinos (DIU) com polietileno, aos com metal (cobre, prata), e recentemente a combinação com a libertação de hormonas (progestagénio levonorgestrel), com a extensão para redução das doses diárias libertadas e a redução das dimensões dos DIU. Estão disponíveis DIU com levonorgestrel para controlo das hemorragias uterinas anormais e abundantes, e DIU para contraceção (menores dimensões e menores dosagens). Na orientação das utentes na CIU, é necessário escutar qual o período em que a utente não pretende engravidar. Se for igual ou superior a 3 anos, a contraceção intrauterina é uma alternativa. Os DIU hormonais devem ser enfatizados, sobretudo os de menores dimensões, com a maior facilidade na aplicação, aumentado o número de mulheres alvo (nuligrávidas e nulíparas) e com a dose necessária para o efeito. As menores dimensões são cruciais para as mulheres com dúvidas sobre desconforto, incómodo e dor na aplicação. Se o profissional tiver uma amostra dum DIU de menores dimensões, pode colocar a mesma nas mãos da mulher e solicitar que manipule a amostra na mão e ter a sensação da suavidade do DIU.

Deve-se programar a aplicação do DIU, não obrigatoriamente com a menstruação (garantir que não existe gravidez). O procedimento deve ser realizado em ambiente descontraído, mantendo um diálogo produtivo com a utente e explicando as manobras durante a aplicação do DIU. Após a colocação imediata, avaliar o conforto da utente, a ausência de sintomas vasomotores. Se a colocação ocorrer sem dificuldades, não existe obrigatoriedade de controlo ecográfico.