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Depressão, uma doença que o Médico de Família deve estar atento



A depressão é uma doença que, apesar de pertencer à área da Saúde Mental, está relacionada com todas as vertentes da saúde como entidade biopsicosocial, cultural e espiritual. É a segunda causa de incapacidade e perda de anos de vida por doença não fatal. Prevê-se que em 2023 seja a doença com maior peso social no mundo.

Um estudo mundial efetuado em 34 países coloca Portugal em quarto lugar na taxa de prevalência mundial, sendo que apenas 37.4% das pessoas têm apoio clínico no primeiro ano de doença. É caracterizada por um sentimento de tristeza e pela perda de interesse por atividades que antes eram tidas como agradáveis, sintomas esses que devem ter, no mínimo 2 semanas, e ser acompanhados por alterações no apetite e nos padrões de sono, fadiga, dificuldades de concentração, indecisão, pensamentos suicidas ou sentimentos de inutilidade, impotência e desespero.

A depressão atinge pessoas de todas as idades e é importante que nos idosos o Médico de Família esteja atento a sintomas que podem ser confundidos com outras doenças. Os idosos estão mais sujeitos a alterações orgânicas, como: malnutrição, hipotermia, privação do sono, imobilidade e iatrogenia (por excesso de medicação ou interações medicamentosas, entre outras) que levam à diminuição de autonomia e apatia ou desânimo. No caso de necessidade de tratamento farmacológico antidepressivo, deve ser avaliada não só a sua condição mental, mas também condição física e comorbilidades associadas, de modo a escolher o melhor antidepressivo para cada doente.

Na população mais nova os antidepressivos ainda estão associados a mitos como dependência, melhoria da tristeza mas ausência de momentos de alegria, aplanamento emocional, diminuição da libido, entre outros, mitos esses que devem ser abordados e devidamente orientados pelo Médico de Família. Só assim, poderemos ter populações mais saudáveis, fisicamente e mentalmente. Porque a depressão, quando mais previamente for diagnosticada, mais efetivo será o tratamento e acompanhamento do doente, permitindo melhores cuidados de saúde.


Bibliografia e referências: