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Nevralgia Pós-Herpética



A nevralgia pós-herpética (NPH) é a complicação mais frequente da infeção viral por herpes-zóster (HZ), presente em aproximadamente 15% dos casos.

Esta complicação apresenta um quadro clínico caraterizado por:

  1. Dor persistente de características neuropáticas, que podem ser imediatas ou, de um a três meses, após resolução das lesões cutâneas.
  2. Áreas de dor mais ou menos intensa, alodínia (dor despertada por estímulo não doloroso), hiperalgesia (resposta exacerbada ao estímulo doloroso) relacionadas com o dermátomo afetado.
  3. Repercussão importante na qualidade de vida, com aumento dos níveis de ansiedade e perturbação da qualidade do sono.

Diagnóstico:

a) Testes de pesquisa de- sensibilidade dolorosa no dermátomo afetado.
b) Questionários de “Dor Neuropática”, positivos- DN4, BPI.

Terapêutica Multimodal:

Procura do equilíbrio entre a eficácia terapêutica e os efeitos secundários. Efeito sinérgico das várias medicações. Dessensibilização da dor residual:

a) Gabapentinóides - gabapentina, pregabalina, carbamazepina.
b) Antidepressivos: tricíclicos – amitriptilina e inibidores da recaptação da serotonina - duloxetina, venlafaxina.
c) Opióides - tramadol, tapentadol, morfina, buprenorfina, hidromorfona, oxicodona, fentanil.
d) Terapêutica tópica - capsaícina, lidocaína.
e) Bloqueio diagnóstico perineural com anestésico local.
f) Radiofrequência pulsada perineural.

Conclusão

A Nevralgia Pós Herpética pode ser de difícil controlo apesar das terapêuticas instituídas.

Muitas vezes não é possível obter o controlo completo da situação álgica, permanecendo o doente com dor residual.


Bibliografia e referências: